domingo, 5 de agosto de 2012

Quem sabe canta...


Se você no céu
conseguir entrar
faça um buraquinho
para eu passar.

AE, AO, AE, AO, AE, AO
AE, AO, AE, AO, AE, AO

Se você no inferno
for escapulir,
tape o buraquinho
para eu não cair.
AE, AO, AE, AO, AE, AO
AE, AO, AE, AO, AE, AO
Não se ganha o céu com a copa mundial, nem adianta ser miss universal.




sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Baú da Memória...

Existem coisas, fatos e pessoas, que chegam e nos deixam marcas.
Essas marcas estão nos pensamentos que vão e vem e que me fazem ter a certeza de que tive/tenho uma vida de momentos felizes e que sempre quero traze-los ao baú da memória.
Às vezes, esses pensamentos vem não sei de onde e me desperta um cheirinho de saudade!

- Tio Lucimar rodando bombril;
- Tia Maria Neusa comendo banana com farinha de mandioca;
- Tio Lafotnaine de ressaca sentado no sofazinho da casa da vó Zezé, proximo ao banheiro; 
- João Eduardo usando calça de moleton, pq qdo criança ele DETESTAVA calça jeans;
- O primeiro lenço umidecido das minhas bonecas ganhei do João Eduardo ainda bebê;
- A Isabel admirando as flores e conversando com sapos;
- Meu sonho de ter franja com os cabelos anelados; isto é de morrer de rir!
- O cheiro de pão de queijo da casa vovó Zezé;
- O Luís Gustavo comendo uma banana inteira (ele colocava a banana na boca e ia empurrando goela a baixo), pq antes do almoço tinha que comer uma fruta;
- Minha mãe deixando o fusca apagar na esquina da Getúlio Vargas e o carro cheio de meninas que iam pra minha casa, brincar de boneca;
- A Débora gostava da minha boneca Mônica e ela sempre era a mãe dela e ela chamava Marcelo, (kkkk);
- A Amana entrando numa loja de lingerie, pergutnando o preço da camisola, achando que era vestido;
- O Tio Leto levando a gente num restaurante japonês pra comer bolinho primavera (ECA!) e a gente nem queria comer só queria sentar no tatame e tirar os sapatos...

Estas e outras lembranças estão aqui guardadinhas no baú da minha memória e você o que tem no seu baú?!!!

Boas lembranças

Hoje vou relembrar com um sorriso no rosto das férias no João Homem.

É só fechar os olhos para rever o sorriso moleque da Tia Sônia...
Sentir o cheirinho da sopa da minha mãe!
A voz do vovô Chiquito no curral.
E o gostinho de leite tirado na hora. Enquanto a Débora e a Denise, tomava Nescau eu gostava mesmo era de leite com açucar.

E a hora do banho?!Uma farra só!
Era banho de bacia! (risos)
- Liga a bomba! alguém gritava.
A coitada da Denise sempre era sorteada pra tomar uma ducha quente nas costas, daquelas que sapecam pela falta d'água. Branca do jeito que ela era ficava vermelhinha!!!

Depois do banho hora do show.
Ela entrava linda e loira com sua camisola vermelha! e se sentindo uma verdadeira Vanderléia ou seria Vanusa?, tia Sônia cantava: SENHOR JUIZ PARE AGORA!!! e era uma verdadeira alegria!!!

No seu repertório tinha a história Horripilante do Capetinha que subia as escadas da casa da Maria.
Olhos arregalados, e mesmo já sabendo o final da histórias, nos corações disparavam de ansiedade pelo desfecho que terminava com um susto ao despertar da Maria com o grito de VOU TE PEGAR. que a Tia Sônia dava e nos fazia rir.

Os anos passaram e a Tia Sônia não perdeu seu jeito especial de ser.
O repertório ela inovou. Agora sua canção predileta era o Ipê Florido!!!
Quem não lembra dela toda empolgada puxando o coro?! Até quem não sabia cantar, cantava...




terça-feira, 31 de julho de 2012

Nossa Banda!

Lembro com muitas saudades dos tempos em que no quintal da casa da Vovó Zezé e do Vovô Chiquito tinha um toco que era nosso palco.
Lembro do tempo que disco ainda era de vinil.
Saudades das tardes em que abriamos o estojo vermelho de maquiagem da tia Lucila e nos transformávamos em astros do rock! Passávamos aquele batom da embalagem verde (Paraguai), cor de rosa. Era difícil de sair da boca.
Era delicioso colocar o vinil no som (mais moderno) do tio Lafontaine balançar as cabeças, fazer as almofadas de guitarra, baixo e bateria ao som de  "Eh Rock in roll, tum tum tum."
Alguém sabe qual era a banda?
Lembro com saudades e alegria das tardes na casa da Vovò e do Vovô!!!

sexta-feira, 27 de julho de 2012

O QUEIJO NO TIO OBEDE

Valeu Isabel, isto é muito bom.Vai ai uma que quem sabe bem é o tio Obede:
O meu querido irmão, chegou na casa do tio Obede e quando  serviram o café, pegaram um queijo e partiram ao meio fatiando uma metade, o Lênio foi servi e pegou a metade do queijo não fatiada, escondeu
nas costas e saiu, porém virando as costas para todos.
Quem gosta deste caso é o tio Obede, que ainda conta que ele pegou o "REI" entrou no galinheiro e coitado das galinhas.....
Parabéns pela iniciativa, um grande abraço.......

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Será?!

(...)

Ou sou muito a toa ou essa moçada está muito preguiçosa! Todo mundo de férias e ninguem posta...

Todos entenderam a proposta do blog?!

Este espaço foi criado para partilharmos histórias, músicas e emoções. Cada um a sua maneira...

Onde estão os causos?!

E as "pissoas" para escrever?!

Ps. se não querem postar participem comentando!!! seria um bom incentivo!!!

ABRAÇOS.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

O Jardim da Vovó Zezé

A minha Vó Zezé tem um jardim! Ela "agoa a horta" e conversa com todas as plantas duas vezes ao dia. Há tanta variedade de flor no jardim que os olhos se enchem de tantas cores e alegria! Deve ter sido dela que eu puxei este amor que sinto pelas plantas e também por todo a natureza. Sempre que posso vou lá ficar com a avozinha e uma vez fotografei o seu jardim.
Sinto que a vó é muito especial. Tem o dom de cuidar, acolher e  amar!
Façamos como ela!
Plantar e colher muito amor! Sempre!


 








Primavera

Cecília Meireles

A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.

Mais uma do Thombi. Ou seria mais uma do Vô Chiquito...

Numa madrugada Sr. Agostinho foi chamar lá em casa dizendo que o Tchombi estava latindo muito.
O Pai (desaforado sô Chiquito) disse-lhe:

__ Preocupa não! Vou lá ensinar ele a cantar!
 

Por: Tio Lucimar 

Esse vô Chiquito era um exemplo de como levar a vida!
Preciso lembrar mais dos seus ensinamentos.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Outro causo do Tchombi

"Quando o Tchombi era pequenininho, ele fugiu e ficou uns três dias sumido. O vô rodou o bairro inteiro procurando, até que achou ele na casa de um cara lá perto dos Rouxinóis. O cara não queria devolver ele de jeito de nenhum, mas o vô ficou choramingando no ouvido dele até ele devolver..."

Por Tio Lafontaine




tchombi, o mito

eu nunca vi o tchombi. ver o tchombi era uma missão impossível. a idéia que eu tinha era a de que se eu fosse lá atrás ele comeria a minha cabeça, em segundos. era sempre a mesma coisa. ao passar pela cozinha da tia andrea eu sentia a presença do "monstro", adivinhava suas dimensões, ouvia seus latidos de trovão e morria de vontade de ir lá, mas nunca me atrevia a concluir a capetice, ã-ã, era demais, até pra mim. e não adiantava olhar pela janela, porque ele ficava pra lá de um bequinho onde só chegavam os mestres, os únicos seres capazes de dar carinho à fera. eu morria de inveja. era como ter uma mistura de gato-guerreiro e tiamat nos fundos de casa (!!!) e por este ângulo, acabou por me cheirar também a amor impossível, a frustração. mas eu gostava mesmo era de ter medo dele, de pensar que ele poderia arrebentar aquilo tudo e nos atacar, se quisesse. adorava curtir o "terror tchombi" e saber -verdade verdadeira- que uns primos meus tinham um cachorro de 3 metros no quintal, que vivia trancado a sete chaves, como uma arma letal superpoderosa, secretíssima.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Amoras...

Juntos somos força!
Juntos somos família!

Gostaria de contar que eu não gosto de amoras!

Certa dia, mês das férias escolares, na casa do Tio Licurgo e da Tia Sônia, passei a tarde debaixo do pé de amora.
Hum... que delícia saborear aquelas frutinhas tão docinhas, que derretiam em minha boca!!!
E entre uma amora e outra eu comia uma uva do japão, que lá também estava com os pés carregadinhos.
O dia acabou e chegou a hora de nos prepararmos para uma boa noite de sono, afinal amanhã seria outro dia, e eu brincaria com minha Barbie.

Que noite!!! A única coisa que me lembro neste momento é que o banheiro da casa do tio Licurgo e da Tia Sônia tinham as louças verdes!!!Um verde chique!!! Coisa de gente fina!!!

A Amana também tem história pra contar deste banheiro!!!

Eu não gosto de amoras! Mas eu adoro café com leite!!!

Luciana Leão

Um blog para a nossa família.

E quem é que não tem coisas e causos a contar? E alguma música  a cantar?
Este blog surgiu da necessidade de resgatar a história da família Leão Silveira. Da vontade de mostrar e ver as diversas fotos lindas que temos. E também poder contar e ouvir histórias nossas.
O blog é comunitário e sugestões são bem-vindas. (Nunca me habilitei a  fazer um blog antes)
Vamos aproveitá-lo!
Beijos